terça-feira, junho 13, 2006

Memória de um lugar ao sul

Este é um programa emitido na Antena 1 e na Rádio África, à 2ª feira por volta da meia noite.
A razão pela qual divulgo este programa é o seu apresentador, Rafael Correia. O homem deve ser parvo, ignorante, lento, sem cérebro, que se sente bem a rebaixar os mais velhos, e que deve bater uma enquantio entrevista as pessoas!
Desculpem mas o que ouvi ontem, acidentalmente, foi muito mau.
Os habituais ouvintes deste programa quase que veneram o apresentador, de tal forma que criaram um fórum, Grupo de Amigos do Lugar ao Sul, e o que eles dizem do Sr. Rafael Correia é o seguinte:

"RDP-Antena 1 tem a sorte de ter na sua grelha aquele que é justamente considerado um dos melhores programas de autor da rádio portuguesa – o “Lugar ao Sul” – através do qual Rafael Correia nos revela belos retratos sonoros de um Portugal genuíno mas ignoto. Figura inimitável e carismática da nossa rádio, Rafael Correia notabiliza-se pelo seu notório jeito e habilidade na interlocução com as pessoas do povo fazendo com que elas, de forma espontânea e generosa, entrem em conversas interessantíssimas pontuadas com o melhor da poesia popular e da música tradicional. Na verdade, o "Lugar ao Sul" tem proporcionado ao seu vasto e fiel auditório momentos únicos e inesquecíveis de descoberta e de fruição da autêntica cultura tradicional – música, poesia, usos e costumes –, a qual está em vias de extinção em virtude do inexorável processo de uniformização cultural num mundo cada vez mais globalizado pelos padrões culturais anglo-americanos. Se as novas gerações deixam de ser o repositório dessa ancestral tradição cultural ela irremediavelmente desaparecerá à medida que a morte for reclamando os mais velhos. Daí a importância de figuras como Rafael Correia para "pescarem", enquanto é tempo, as “pérolas" que estão em vias de desaparecer para sempre. Por isso, não se devem poupar esforços no apoio aos abnegados protagonistas dessa empresa quixotesca e, concomitantemente, nunca serão de mais as acções que promovam a sua divulgação junto de pessoas mais desatentas que, primeiro por curiosidade e depois por interesse, passariam a pertencer ao número dos ouvintes do imperdível “Lugar ao Sul” através do qual tomariam uma atitude mais conscienciosa face à cultura tradicional e, enfim, à cultura entendida como um todo. "

Têm de ouvir primeiro para perceberem a minha indignação.
Quando achamos que nada pode piorar...piora!!

10 comentários:

Rafael disse...

Eu já percebi que não deve dar para ouvir... mas afinal o que disse o homem?

Sereia disse...

Ele parecia bêbado com o medronho que o homem q ele entrevistava fazia, parecia que lhe tavam a fazer um bico, ele soltava uns gemidos, queria dizer poesia mas só lhe saiam coisas sem nexo!
Surreal...

Anónimo disse...

Cara Sereia,

A crítica é sempre salutar, mas pressupõe da parte de quem a faz uma fundamentação que a sustenha e a torne convincente. Lamento dizer-lhe mas limita-se a fazer umas observações vagas e sem explicitar de forma clara o que Rafael Correia fez de mal. Eu também ouvi a emissão que refere e não senti nada a falta de respeito e achincalhamento da parte de Rafael Correia pelo seu interlocutor, um homem que fazia aguardente de medronho e que inclusive a deu a provar a Rafael Correia – coisa que certamente não faria se se sentisse desconsiderado. A cara Sereia tem todo o direito de não gostar do estilo de Rafael Correia, mas parece-me que a sua crítica revela um grande desconhecimento de como se deve fazer um programa de rádio, tendo como base a cultura popular. Queria que Rafael Correia se limitasse a ser um pé de microfone e se demitisse do seu papel de condutor da conversa. Já imaginou o produto radiofónico que daí resultaria? Não é difícil de imaginar que sairia um monólogo enfadonho e sem o menor interesse para o rádio-ouvinte. Não nos podemos esquecer que estamos em presença de um programa de rádio e não de uma recolha etnográfica ou antropológica, que necessariamente teria de obedecer a outros critérios. Mas quantos ouvintes ouviriam com prazer uma emissão feita desse modo? O interesse do “Lugar ao Sul” reside em grande parte no carisma e na mestria de Rafael Correia e não reconhecer isso ou denota má-fé ou incapacidade de fazer um juízo imparcial e isento. Pode não se gostar, mas a maledicência gratuita é dispensável e não dignifica nada quem a faz.
Por outro lado, o seu escrito denota uma profunda ignorância do meritório trabalho que Rafael Correia vem fazendo ao longo dos últimos 25 anos, e dos belos e memoráveis momentos de rádio que ele tem proporcionado a quem aprecia (e sabe apreciar) uma boa conversa com a gente simples - mas não inculta - do povo. Há uma cultura e um saber ancestral que não vem nos livros, nem é veiculada pelos media, que ficaria na obscuridade se não houvesse homens como Rafael Correia para a fazer chegar ao grande público e isso é algo que deve merecer o devido reconhecimento. Acresce ainda que o sua crítica constitui uma espécie de atestado de incompetência aos membros do júri dos Prémios Gazeta que em 1999 consideraram o “Lugar ao Sul” o melhor programa da rádio portuguesa e também à direcção da RDP que, em Janeiro último, achou por bem integrá-lo também na grelha na Antena 2 - o canal cultural da rádio pública.
Atentamente,

Álvaro José Ferreira

Anónimo disse...

LOLLLLLLLLLLLLLLLL!!!!!!!!!
O Melhor programa...
"Queria que Rafael Correia se limitasse a ser um pé de microfone...Já imaginou o produto radiofónico que daí resultaria? Não é difícil de imaginar que sairia um monólogo"... Se lhe estavam a fazer um bico,a outra pessoa não podia falar...LOLLLLLLLL

Anónimo disse...

Podes ser sereia, mas deve ser mesmo de nome!
Para já, já começas a perder na linguagem que utilizas e depois o teu paleio soa-me a laivos de fascismo...o homem está a fazer o seu trabalho que consiste em recuperar sonoramente todo o património cultural popular genuíno (poesia, canções.. etc), e só alguém com dificuldade em entender as suas raízes pode dizer o que dizes;
depois, e para terminar, que nem vou perder muito tempo, talvez um dia mais tarde alguém lhe venha a dar valor(a ele e ao programa), como infelizmente acontece neste Portugal onde abundam mentalidades como a tua, que deve gostar é de músicas onde se aprende imenso- tipo Emanuel e essas "merdas"(a isto sim, posso usar termos mais incorrectos).

Anónimo disse...

o teu tipo de programa exemplar de rádio é o quê?
Música pimba a rodar durante uma hora...
Basta escolheres uma rádio local!

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

o lugar ao sul deveria ser considerado patrimonio nacional. Os presidentes da Republica que tanto gostm de dar medalhas a quem pouco faz já deviam ter dado uma a uma pessoa que tanto faz pela cultura popular Portuguesa.Não é só no CCB que há cultura.Gostos não se discutem,cada um gosta do que gosta mas não tenho duvida ao afirmar que este é o melhor programa da rádio Portuguesa.

Anónimo disse...

Amiga " sereia" com a sua idade ( 33 anos ) parece-me ou melhor, tenho a certeza que:
quem é parva, ignorante, lenta, sem cérebro, que se sente bem a rebaixar os mais velhos, e que deve bater uma enquanto faz cometários sobre o que desconhece é a senhora que de culta nada tem...
Apesar da sua idade, atrevo-me a dizer "cresça e apareça".

Anónimo disse...

"Amiga" sereia, afinal anda desaparecida? Nunca mais comentou ou melhor, nao respondeu aos nossos comentarios? Deixe que lhe diga a proposito de Rafael Correia: neste momento, sao milhares os que sentem a falta do Programa " Lugar ao Sul " e, posso afirmar que foi o melhor que alguma vez se fez na radio portuguesa. A Rafael Correia e ao seu e nosso "Lugar ao Sul" um reconhecimento profundo pela defesa da nossa gente, da nossa musica, da nossa poesia e do melhor de Portugal...