Amanhã comemora-se mais um Dia Internacional da Mulher.
Infelizmente ainda não há muito para comemorar quando se trata de mulheres vítimas de maus tratos (ok, os homens também já o são). É verdade que para muitas há o dinheiro que as prende a um casamento de fachada ou os filhos ou outras razões que as impedem de dar o passo para se soltarem da vida infernal a que se sujeitam.
Outras continuam agarradas a amores que de avassaladores só têm a violência e o medo.
Eu não vou dizer que nunca me sujeitaria a ser maltratada, porque ninguém sabe o dia de amanhã, mas com toda a certeza só cá cairía a 1ª. Medo tenho de cobras e outras bichezas que rastejam, tenho medo de perder as pessoas de quem gosto, de vir a ter alguma doença que me impeça de ser feliz, agora de enfrentar um ser que usa a força bruta e psicológica para se superiorizar, não é medo, é só uma questão de dignidade, de auto-estima, coragem e vontade.
Por tudo isto que ainda se passa, e ao contrário do que se pensa, cada vez cresce mais nas famílias com mais poder económico, este ano a Autarquia onde trabalho vai assinalar este dia com uma exposição dedicada a este tema, composta por obras realizadas por mulheres Sul-Africanas que foram abusadas, mutiladas, vítimas das maiores atrocidades que nenhuma de nós consegue imaginar, cada quadro tem a foto da artista e a sua história.
A minha loja está apinhada de informação ácerca de violência doméstica, tenho este senhor da imagem em dois cartazes gigantescos.
A exposição é inaugurada amanhã, no OdivelasParque. Venham ver, vale a pena!
E à distância de um telefonema poderá estar o caminho para a felicidade.