Há dias em que não temos coração. Outros dias há em que só ouvimos e sentimos o coração.
Ainda há aqueles dias em que sabemos que existe ali qualquer coisa a bater, mas não percebemos bem o que é porque não conseguimos lá entrar para ver o que se passa, dada a tamanha confusão que existe na cabeça, a outra coisa estranha que enfeita o corpo e onde também há dias que ou não funciona ou funciona mal.
É preciso um dia de sorte para entrar no coração. Há que ter a chave, o código, um sentido, qualquer coisa, para que se possa ver quem está lá dentro, quem o ocupa, o que o faz bater com mais força.
Até tenho medo de que o que vou escrever possa um dia voltar-se contra mim, mas parece-me possível ainda acreditar que alguém possa vir a ocupar o meu músculo vermelho.
É muito simples, basta que o afortunado encontre a chave do meu coração, porque esse, o coração, parece que ainda bomba!
domingo, abril 23, 2006
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1 comentário:
às vezes basta somente uma palavra, ou um simples gesto para abrir o cofre. O difíl muitas das vezes não está no abrir, mas sim acertar, tanto para quem abriu como de quem abre.
Gostava que o ser humano fosse como certos animais, monógamos, acasalando para toda a vida. O sofrimento seria bem menor.
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